Zuleica, poema de Goethe Pelo Eufrates ia navegando, e em meio ao sorvedouro acabou escorregando o teu mimo, o anel de ouro. Tive um sonho - interpreta: No olho raia a alba no lenho. Diz poeta, diz profeta: Que sonho é esse que eu tenho? poema de Goethe, tradução de Daniel Martineschen Suleika Als ich auf dem Euphrat schiffe, Streifte sich der goldne Ring fingerab in Wasserklüfte, Dem ich jüngst von dir empfing. Also träumt ich, Morgeröte Blitzt ins Auge durch den Baum. Sag, Poet, sag Prophete! Was bedeutet diese Traum?
Traduzir um texto poético possui nuances e especificidades que as traduções de outros tipos de textos não possuem. O texto poético é mais simbólico e muitas vezes não tem a pretensão de ser “da ordem da informação”. A linguagem poética é repleta de imagens, símbolos, metáforas, figuras de linguagem e está relacionada à imaginação. Um dado tradutor quando se depara com a linguagem simbólica da literatura, sua “função poética” está em um lugar de reflexão e crítica. por isso, a necessidade de “legibilidade” de traduzir ou retraduzir. Os tradutores que em geral são professores, escritores, filólogos, teólogos, poetas, entre outros, ao traduzir um texto literário se vêem diante de um desafio: A tradução de textos prosaicos ou poéticos é um exercício, uma experiência de crítica e reflexão. Os desafios são inúmeros, tanto no que concerne aspectos formais: rimas, métricas, figuras de linguagem sonoras como as paronomásias, aliterações e assonâncias e sintáticas, aspectos lexicais, quanto do...