Tu - Pantera - escura noite! Largando pêlo na treva a luz se mescla, amarela, e lustra o dorso da serra. Que sol, girassol de encosta, moeu seu grão nessa esteira? Que lua sangrou - te a fronte ó noite escura - pantera? Um astro brilha em melaço orvalho da fome negra poreja tua língua inerme. Rompendo, o verde te cega, o olhar se aquieta em cisternas e a aurora baixo em teu rastro. Maria Ângela Alvim
Neste blog, há textos de aulas que assisti durante graduação em Letras, são contos, poemas, entre outros. "Leituras descontínuas" tem relação com as leituras que faço no dia-a-dia. São leituras de poemas, trechos de livros, pois que não existe continuidade nas leituras: lê-se um livro, uma imagem, um outdoor, um poema, um conto, uma crônica, por isso a descontinuidade. A maior parte dos textos - quando meus, são apenas ficções, sem correspondência exata com a realidade.