sábado, 29 de agosto de 2015

É isso!



O sol me encarava e eu sabia que ele era apenas o fogo
que queimava meus lábios pouco a pouco
e me fazia sentir que eu não poderia ser mais nada do que isso.
Hipocrisia seria dizer que isso é muito, pois é tão pouco.

Talvez, não haja arte alguma na vida ou arte é a vida
em  inconstante encenação, mas nada disso faz diferença,
porque sempre estremeço diante dela.
O amor, eu nunca entendi - a palavra, presa em seu labirinto de significações,
como o sol não tateável que nunca se apreende.

Mas a impossível luz se faz necessária, como o frescor do dia
a iluminar a solidão de um bem-te-vi num coreto vazio.