Neste blog, há textos de aulas que assisti durante graduação em Letras, são contos, poemas, entre outros. "Leituras descontínuas" tem relação com as leituras que faço no dia-a-dia. São leituras de poemas, trechos de livros, pois que não existe continuidade nas leituras: lê-se um livro, uma imagem, um outdoor, um poema, um conto, uma crônica, por isso a descontinuidade. A maior parte dos textos - quando meus, são apenas ficções, sem correspondência exata com a realidade.
sábado, 29 de agosto de 2015
É isso!
O sol me encarava e eu sabia que ele era apenas o fogo
que queimava meus lábios pouco a pouco
e me fazia sentir que eu não poderia ser mais nada do que isso.
Hipocrisia seria dizer que isso é muito, pois é tão pouco.
Talvez, não haja arte alguma na vida ou arte é a vida
em inconstante encenação, mas nada disso faz diferença,
porque sempre estremeço diante dela.
O amor, eu nunca entendi - a palavra, presa em seu labirinto de significações,
como o sol não tateável que nunca se apreende.
Mas a impossível luz se faz necessária, como o frescor do dia
a iluminar a solidão de um bem-te-vi num coreto vazio.
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