Sobre a mesa da casa, inúmeras fotografias, e no silêncio do recinto despido, tantas memórias vazias, frias e congeladas, soltas ao vento... A velha máquina de escrever, os vestidos finos puídos, os espelhos partidos, lapso de palavras, manchas e urticárias. As flores mergulhadas em lágrimas, as tílias que não curam do abismo inapreensível do tempo. A contingência do ser e o leve sorriso destruindo-se num flux de velocidade. Um começo & um fim? A existência refletida no mar azul de um doce canto ou de um simples abismo de recordações.
Neste blog, há textos de aulas que assisti durante graduação em Letras, são contos, poemas, entre outros. "Leituras descontínuas" tem relação com as leituras que faço no dia-a-dia. São leituras de poemas, trechos de livros, pois que não existe continuidade nas leituras: lê-se um livro, uma imagem, um outdoor, um poema, um conto, uma crônica, por isso a descontinuidade. A maior parte dos textos - quando meus, são apenas ficções, sem correspondência exata com a realidade.