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Mostrando postagens de janeiro 2, 2013

A eternidade

Achada, é verdade? Quem? A Eternidade. É o mar que se evade Com o sol à tarde. Alma sentinela Murmura teu rogo De noite tão nula E um dia de fogo. A humanos sufrágios, E impulsos comuns Que então te avantajes E voes segundo... Pois que apenas delas, Brasas de cetim, O Dever se exala Sem dizer-se: enfim. Nada de esperança, E nenhum oriétur. Ciência em paciência, Só o suplício é certo. Achada, é verdade? Quem? A Eternidade. É o mar que se evade Com o sol à tarde. Rimbaud (Tradução: Ivo Barroso)