Achada, é verdade? Quem? A Eternidade. É o mar que se evade Com o sol à tarde. Alma sentinela Murmura teu rogo De noite tão nula E um dia de fogo. A humanos sufrágios, E impulsos comuns Que então te avantajes E voes segundo... Pois que apenas delas, Brasas de cetim, O Dever se exala Sem dizer-se: enfim. Nada de esperança, E nenhum oriétur. Ciência em paciência, Só o suplício é certo. Achada, é verdade? Quem? A Eternidade. É o mar que se evade Com o sol à tarde. Rimbaud (Tradução: Ivo Barroso)
Neste blog, há textos de aulas que assisti durante graduação em Letras, são contos, poemas, entre outros. "Leituras descontínuas" tem relação com as leituras que faço no dia-a-dia. São leituras de poemas, trechos de livros, pois que não existe continuidade nas leituras: lê-se um livro, uma imagem, um outdoor, um poema, um conto, uma crônica, por isso a descontinuidade. A maior parte dos textos - quando meus, são apenas ficções, sem correspondência exata com a realidade.