Diante de mim, olho e não vejo nada. Tacitamente atravesso o chão forrado de pedregulhos e sinto o aroma gélido da terra. Em noites, canto músicas contínuas... e as luzes me alucinam. Uma pequena presença e meus olhos tornam-se rubros e oblíquos, meus lábios obtusos, minha felpa crispada e meu corpo esquivo e ofensivo. Quando um corpo se coloca diante de mim e me encara, eu o devoro. Mas, diante de uma distração, emudeço. *Pollyanna Nunes Ramalho 22/12/2014
Neste blog, há textos de aulas que assisti durante graduação em Letras, são contos, poemas, entre outros. "Leituras descontínuas" tem relação com as leituras que faço no dia-a-dia. São leituras de poemas, trechos de livros, pois que não existe continuidade nas leituras: lê-se um livro, uma imagem, um outdoor, um poema, um conto, uma crônica, por isso a descontinuidade. A maior parte dos textos - quando meus, são apenas ficções, sem correspondência exata com a realidade.