Diante de mim, olho e não vejo nada.
Tacitamente atravesso o chão forrado de
pedregulhos
e sinto o aroma gélido da terra.
Em noites, canto músicas contínuas...
e as luzes me alucinam.
Uma pequena presença e meus olhos tornam-se
rubros e
oblíquos, meus lábios obtusos,
minha felpa crispada e meu corpo esquivo e ofensivo.
Quando um corpo se coloca diante de mim e me encara, eu o devoro.
Mas, diante de uma distração, emudeço.
*Pollyanna Nunes Ramalho 22/12/2014
*Pollyanna Nunes Ramalho 22/12/2014