Mal abro a porta do quarto ela ajoelha, abre a
braguilha e começa o serviço. Em pleno corredor.
Me afasto. Está tão chapada que cai de cara no
chão. Rasteja até minha cintura de novo. Sinto
cheiro. Devo ser o sexto ou o sétimo nessa noite.
Empurro sua cabeça. Ela pergunta se "não gosto
da coisa". Só eu sei o quanto preciso de uma
chupada, mas aquilo está além da mais básica
covardia. Argumento que estou com sono, que
preciso acordar cedo, o "candidato, sabe como
é ... " Ela diz que, se "gosto da coisa", vai ter de
terminar ... recebera adiantado e não queria dever
nada a ninguém.
(São Luís - Brasil - 1990)
Fernando Bonassi ( Mini conto/Livro Passaporte)