Mal abro a porta do quarto ela ajoelha, abre a braguilha e começa o serviço. Em pleno corredor. Me afasto. Está tão chapada que cai de cara no chão. Rasteja até minha cintura de novo. Sinto cheiro. Devo ser o sexto ou o sétimo nessa noite. Empurro sua cabeça. Ela pergunta se "não gosto da coisa". Só eu sei o quanto preciso de uma chupada, mas aquilo está além da mais básica covardia. Argumento que estou com sono, que preciso acordar cedo, o "candidato, sabe como é ... " Ela diz que, se "gosto da coisa", vai ter de terminar ... recebera adiantado e não queria dever nada a ninguém. (São Luís - Brasil - 1990) Fernando Bonassi ( Mini conto/Livro Passaporte)
Neste blog, há textos de aulas que assisti durante graduação em Letras, são contos, poemas, entre outros. "Leituras descontínuas" tem relação com as leituras que faço no dia-a-dia. São leituras de poemas, trechos de livros, pois que não existe continuidade nas leituras: lê-se um livro, uma imagem, um outdoor, um poema, um conto, uma crônica, por isso a descontinuidade. A maior parte dos textos - quando meus, são apenas ficções, sem correspondência exata com a realidade.