sábado, 16 de abril de 2016


Igual ao bálsamo fértil das flores, elas gotejam...

Umas escorrem e se desmancham pela face

dando aos lábios o sal e o amargor vivido,

outras seguem em cristais

convidando as mãos ao toque dissolvente em

pele - suspiros infantis, a procura na imagem, no espelho.


Mais triste do que as causas, é vê-las surgindo em meio aos

soluços interrompidos e à loucura retorcida.

Mais triste do que o fim da tarde, é o rastro líquido da

desilusão...


Não são lágrimas mais que os olhos vertem, nem ânsia de amor,

são pedras do tempo, de esquecimento e de morte.

                                                                                        Pollyanna Nunes

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