Igual ao bálsamo fértil das flores, elas gotejam... Umas escorrem e se desmancham pela face dando aos lábios o sal e o amargor vivido, outras seguem em cristais convidando as mãos ao toque dissolvente em pele - suspiros infantis, a procura na imagem, no espelho. Mais triste do que as causas, é vê-las surgindo em meio aos soluços interrompidos e à loucura retorcida. Mais triste do que o fim da tarde, é o rastro líquido da desilusão... Não são lágrimas mais que os olhos vertem, nem ânsia de amor, são pedras do tempo, de esquecimento e de morte. ...
Neste blog, há textos de aulas que assisti durante graduação em Letras, são contos, poemas, entre outros. "Leituras descontínuas" tem relação com as leituras que faço no dia-a-dia. São leituras de poemas, trechos de livros, pois que não existe continuidade nas leituras: lê-se um livro, uma imagem, um outdoor, um poema, um conto, uma crônica, por isso a descontinuidade. A maior parte dos textos - quando meus, são apenas ficções, sem correspondência exata com a realidade.