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Mostrando postagens de janeiro, 2013

Na estrada com Jack Kerouac e Walter Salles

A pé e com o coração iluminado, adentro a estrada aberta, Saudável, livre, o mundo adiante de mim,  a longa senda marrom em minha frente, conduzindo-me para onde [quer que eu escolha. A partir de agora não peço mais pela boa sorte, pois eu mesmo sou [a boa sorte, A partir de agora abandono as lamúrias, não mais procratismo, de [nada mais necessito, Estou farto de reclamações entre quatro paredes, bibliotecas, críticas [conflituosas Forte e satisfeito eu viajo pela estrada aberta.(...) Jack Kerouac em 1951, a partir das viagens e situações vivenciadas que duraram aproximadamente sete anos, com seus amigos: Neal Cassady, Allen Ginsberg e Willian S. Burroughs, escreveu em poucas semanas o Romance que seria considerado anos mais tarde a Bíblia da juventude norte-americana. E mais do que isso, um símbolo da geração Beat. No entanto, o sucesso do livro não ocorreu tão rápido, o livro de Kerouac chegou a ser rejeitado por muitas editoras e revisado várias ve...

A eternidade

Achada, é verdade? Quem? A Eternidade. É o mar que se evade Com o sol à tarde. Alma sentinela Murmura teu rogo De noite tão nula E um dia de fogo. A humanos sufrágios, E impulsos comuns Que então te avantajes E voes segundo... Pois que apenas delas, Brasas de cetim, O Dever se exala Sem dizer-se: enfim. Nada de esperança, E nenhum oriétur. Ciência em paciência, Só o suplício é certo. Achada, é verdade? Quem? A Eternidade. É o mar que se evade Com o sol à tarde. Rimbaud (Tradução: Ivo Barroso)

Psicologia de um vencido

Eu, filho do carbono e do amoníaco, Monstro de escuridão e rutilância, Sofro, desde a epigênese da infância, A influência má dos signos do zodíaco. Profundissimamente hipocondríaco, Este ambiente me causa repugnância... Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia Que se escapa da boca de um cardíaco. Já o verme - este operário das ruínas - Que o sangue podre das carnificinas Come, e à vida em geral declara guerra, Anda a espreitar meus olhos para roê-los, E há de deixar-me apenas os cabelos, Na frialdade inorgânica da terra! "Eu" Augusto dos Anjos

Idealização da Humanidade Futura

Rugia nos meus centros cerebrais A multidão dos séculos futuros __ Homens que a herança de ímpetos impuros Tornara etnicamente irracionais! Não sei que livro, em letras garrafais Meus olhos liam! No húmus dos monturos, Realizavam-se os partos mais obscuros, Dentre as genealogias animais! Como quem esmigalha protozoários Meti todos os dedos mercenários Na consciência daquela multidão... E, em vez de achar a luz que os Céus inflama, Somente achei moléculas de lama E a mosca alegre da putrefação! Augusto dos Anjos