Eu tenho um sonho! Desses que homens vislumbram do alto de uma montanha, desses que passam pelos caminhos e neles permanecem, desses obsessivos que não saem diante dos olhos, desses muito além do corpo. Um sonho estranho... Desses de couraças e diamantes inquebrantáveis, desses que sopram ventos irrespiráveis. Um sonho grisalho de mãos apertadas e olhos plácidos, desses de lobos cinzentos com seus sons vibrantes e melancólicos. Um sonho vazio e repleto, tal como os olhos da loucura. Desses de punhos cerrados que gritam por liberdade e daqueles que se prostram expondo o dorso retorcido. Sonhos que não só flamejam, mas que ofuscam, aquecem, queimam e ardem os olhos vazios da desesperança – vermelhos. Sonhos que almejam o comum, a normalidade, a iniquidade, por isso tão distantes e estranhos, vivos e sonâmbulos. Desses que anseiam ser mangas colhidas e sorvidas em amor. Eu tenho um sonho, um pequeno grande sonho, um pequeno grande e desespe...
Neste blog, há textos de aulas que assisti durante graduação em Letras, são contos, poemas, entre outros. "Leituras descontínuas" tem relação com as leituras que faço no dia-a-dia. São leituras de poemas, trechos de livros, pois que não existe continuidade nas leituras: lê-se um livro, uma imagem, um outdoor, um poema, um conto, uma crônica, por isso a descontinuidade. A maior parte dos textos - quando meus, são apenas ficções, sem correspondência exata com a realidade.