Crescem do coração das trevas cinzas e espessas montanhas Partem do negrume dos asfaltos singelas mendigas de chinelo Aparecem deslanchados nos quintais pequeninas cadelas como a Soneca Serafins anestesiam prostitutas pobres Constantemente Botos semeiam anjos nas ruas Luzes borradas em meio às telas da realidade nua Púrpuras unhas arranham o céu de areia Saltam dos olhos dos bêbedos sangue e prata Tranças de ferro em meio a comida Cenas se misturam em noites loucas e frias Amalgamados estão sob viadutos um turbilhão de vidas
Neste blog, há textos de aulas que assisti durante graduação em Letras, são contos, poemas, entre outros. "Leituras descontínuas" tem relação com as leituras que faço no dia-a-dia. São leituras de poemas, trechos de livros, pois que não existe continuidade nas leituras: lê-se um livro, uma imagem, um outdoor, um poema, um conto, uma crônica, por isso a descontinuidade. A maior parte dos textos - quando meus, são apenas ficções, sem correspondência exata com a realidade.