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Mostrando postagens de julho, 2011

Cor

Para um tempo de olhar a cor é breve e já no repensar foge ao momento. Quis ser na flor, no adeus, no rio lento, mas se não há memória, não se atreve. E mesmo no destino quase leve das coisas que não sofrem entendimento no indiferir do mundo desatento, flor, adeus ou rio, — a cor é breve. Laçando uma tenuíssima aparência ao engano de ser, entretecida, a cor, refluindo, é vã sobrevivência. Mal se anuncia em tons, e apenas crível Na remontante fuga da subida demora azul, refeita de invisível. (Livro Barca do Tempo)