"(...) Só o que eu quis todo o tempo, o que eu pelejei para achar era uma só coisa —a inteira — cujo significado e vislumbrado dela eu vejo que sempre tive. A que era? que existe uma receita, a norma dum caminho certo, estreito de cada uma pessoa viver— e essa pauta cada um tem — mas a gente mesmo, no comum não sabe encontrar: como é que sozinho, por si, alguém ia poder encontrar e saber? Mas esse norteado, tem. Tem que ter. Se não a vida de todos ficava sendo sempre confuso dessa doideira que é. E que para cada dia e cada hora, só uma ação possível da gente é que consegue ser a certa. Aquilo está no encoberto; mas fora dessa consequência, tudo o que eu fizer, o que todo o mundo fizer,ou deixar de fazer,fica sendo falso, e é o errado. Ah, porque aquela outra é a lei,escondida e vivível mas não achável no, do verdadeiro viver: que pra cada pessoa,sua continuação já foi projetada,como o que se põe,em teatro, para cada respresentador — sua parte,que antes ja foi inventada,num papel (...)"(Trecho do livro Grande Sertão Veredas de Guimarães Rosa)
Neste blog, há textos de aulas que assisti durante graduação em Letras, são contos, poemas, entre outros. "Leituras descontínuas" tem relação com as leituras que faço no dia-a-dia. São leituras de poemas, trechos de livros, pois que não existe continuidade nas leituras: lê-se um livro, uma imagem, um outdoor, um poema, um conto, uma crônica, por isso a descontinuidade. A maior parte dos textos - quando meus, são apenas ficções, sem correspondência exata com a realidade.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário